Tomando-nos a dianteira, o Instrutor estacou à frente de reduzida câmara estruturada em substância análoga ao vidro puro e transparente. Olhei-a, com atenção. Tratava-se dum gabinete cristalino...
André Luiz, Obreiros da vida eterna. Cap.3

Cafundó

(Brasil, 2005) Dir. Paulo Betti e Clovis Bueno. Com Lázaro Ramos (João de Camargo), Leona Cavalli (Rosário), Leandro Firmino (Cirino), Ernani Moraes (Coronel João Justino), Luís Melo (Monsenhor João Soares), Paulo Betti (Homem do Papagaio), Francisco Leão (Alfredinho), Alexandre Rodrigues (Natalino, adulto), Francisco Cuoco (Bispo), Renato Consorte (Ministro), Francisca Lopes (Nhá Chica) e Flavio Bauraqui (Exu). 1h 42min.

Cafundó é inspirado em um personagem real saído das senzalas do século XIX. Um tropeiro, ex-escravo, deslumbrado com o mundo em transformação e desesperado para viver nele. Este choque leva-o ao fundo do poço. Derrotado, ele se abandona nos braços da inspiração, alucina-se, ilumina-se, é capaz de ver Deus. Uma visão em que se misturam a magia de suas raízes negras com a glória da civilização judaico-cristã. Sua missão é ajudar o próximo. Ele se crê capaz de curar, e acaba curando. O triunfo da loucura da fé. Sua morte, nos anos 40, transforma-o numa das lendas que formou a alma brasileira e, até hoje, nas lojas de produtos religiosos, encontramos sua imagem, O Preto Velho João de Camargo. [www.cafundo.com.br]

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